quinta-feira, 21 de julho de 2011

Sobre a Palavra


Entre a folha branca e o gume do olhar 
a boca envelhece 

Sobre a palavra 
a noite aproxima-se da chama 

Assim se morre dizias tu 
Assim se morre dizia o vento acariciando-te a cintura 

Na porosa fronteira do silêncio 
a mão ilumina a terra inacabada 

Interminavelmente 

Eugénio de Andrade
( Adoro-o!)

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